A INVEJA PONTO ZERO

No processo de evolução do homem na Terra, o ser humano passa por várias fases. Em cada uma dessas fases, vamos aprendendo com os nossos próprios erros, e melhorando pouco a pouco.
        O homem primitivo só tinha instintos, e um desses instintos o levava ao egocentrismo e à soberba de querer ser maior e melhor que todos os outros. A inveja levou a pessoa a progredir em certo aspecto, mas acentuava o egoísmo.
        A origem latina da palavra inveja é “invidere” que significa “não ser”. Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e passou a ser usada ao lado da palavra cobiça, e esse é o sentido da palavra nos dias de hoje.
        Os indivíduos disputam poder, riquezas e “status”, e aqueles que possuem tais atributos sofrem do sentimento da inveja dos que não possuem e desejariam de ter tais atributos. O ser invejoso não consegue alcançar o estágio de seu semelhante, e mentalmente vibra para que esse semelhante perca aquilo que conseguiu alcançar.
        Além da inveja individual, as pessoas costumam ter invejas coletivas, acentuando com isso a rivalidade entre as nações, entre as cidades e até entre bairros e ruas.
        O habitante de uma cidade quer que sua cidade seja melhor e mais bonita que a de seu semelhante, e assim acontece entre nações. É notória a antipatia mútua que ocorre, por exemplo, entre brasileiros e argentinos, e a disputa ferrenha pela liderança entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
        O desejo do homem de progredir e de melhorar suas condições de vida é natural, mas esse progresso não deve ser obtido tirando dos outros ou desejando que os mesmos fracassem ou percam suas conquistas.
        Podemos admirar o esforço alheio, ter como meta o nosso crescimento para tentarmos atingir o mesmo objetivo que eles alcançaram, sem o sentimento negativo da inveja.
        Eleger mentalmente nossos ídolos e líderes pode nos levar a seguir seus exemplos e também alcançarmos êxitos. Invejar os outros, porém, é condenável e só pode nos prejudicar, pois é conduta contrária ao amor ao próximo, única maneira de alcançarmos a perfeição.
        Busquemos ver em nosso semelhante um irmão querido. Alegremo-nos por suas conquistas. Não os invejemos. Tudo o que ele alcançou é mérito seu, e todos nós podemos atingir um dia o mesmo, por nosso próprio esforço. Evitemos comparações, pois todos somos filhos diletos de Deus e fomos criados para alcançarmos, um dia, a felicidade. O nosso progresso dependerá apenas do esforço de cada um de nós.