Quando eu desmamei do seio materno, vieram os leites em pó, e é claro o mais tradicional e mais caro do mercado: NINHO. E foram anos de mamadeira e leite e vitaminas e aí vei a fase do Toddy e do Nescau como todo bom brasileiro que pode se dar o luxo de comprar e fazer fruto desses achocolatados. Minha vida doce gorda vida com achocolatados ia bem até os meu 23 anos, quando me formei e consegui uma vaga na UERJ para fazer especialização em pediatria. Meu pai nessa época bebia café como um condenado, e eu acha horrível. Dentre as minhas colegas de enfermagem, estudando na casa dela, na hora do lanche é claro, não tinha os achocolatados e para não fazer desfeita com o cafezinho da mãe dela eu meti pra dentro uma xícara de café. E isso começou a virar um costume. Nos plantões noturnos ...cadê meu Nescau? Nescau: Não!!! Café e aí comecei a me drogar com café. Até então não sentia seus efeitos, mas os anos se passaram,e nos plantões noturnos era o cafezinho....de duas a 3 garrafs E aí vi que no dia que não tinha café eu me sentia meio mole e cansda.,Então depois de 20 anos, hoje com 48 anos , sem café realmente não rola. Pra enfrentar meu dia a dia , meu noite a noite, só com café. Encarando a vida com café é a minha realidade e de muitas outras pessoas da enfermagem e da medicina.
De manhã para enfrentar a cas: café, de noite para enfrentar os plantões:CAFÉ. CAFÉ, CAFE´.
E um dia há muito tempo atrás quando trabalhava no posto de saúde , conheci uma senhora muito simpática, chamada Raimunda e que um dia muito séria me disse:
"CAFÉ É A FORÇA DO SANGUE." NUNCA MAIS ME ESQUECI DELA.
